Orientação farmacêutica na alta de pacientes com prescrição de Enoxaparina.

Resumo

OBJETIVO: Verificar se houve orientação farmacêutica para os pacientes que receberam receituário de alta contendo enoxaparina nos setores da ortopedia e clínica cirúrgica de um hospital geral de grande porte na cidade de São Paulo e sua influência na adesão ao tratamento.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. A coleta de dados foi realizada através de prontuários eletrônicos. Foram selecionados pacientes que receberam prescrição de enoxaparina no momento da alta e verificou-se o registro de orientação farmacêutica. Em uma segunda fase verificou-se se estes pacientes retiraram a medicação no sistema único de saúde. E por fim, se houve retorno desses pacientes na instituição com alguma queixa relacionada ao medicamento.

RESULTADO: Foram analisados 50 prontuários com prescrição de enoxaparina no momento da alta. Em 52% dos prontuários constava que os pacientes receberam orientação farmacêutica. Do total de 50 pacientes, 76% retiraram a medicação na unidade básica de saúde. Somente 6% retornaram devido a uma reação adversa, ou por não saber usar a medicação, ou por desenvolver TEV (tromboembolismo venoso).

CONCLUSÃO: Os pacientes que receberam orientação farmacêutica na alta hospitalar não apresentaram relato de TEV ou dúvidas sobre o tratamento, o que evidencia a importância da orientação de alta realizada pelo farmacêutico clínico para os pacientes que necessitam de tromboprofilaxia estendida, contribuindo ativamente para segurança do paciente e efetividade do tratamento.

DESCRITORES: Alta, Orientação farmacêutica, Profilaxia, Tromboembolismo venoso, Enoxaparina.

ABSTRACT

OBJECTIVE:  Verify if the patients who received discharge prescriptions containing enoxaparin in the orthopedics and surgical clinic sectors of a large general hospital in the city of São Paulo received pharmaceutical orientation and its influence on treatment adherence.

MÉTHODS: This is a cross-sectional, retrospective, and quantitative study. Data collection was performed through electronic medical records. Patients who received a prescription for enoxaparin at discharge were selected, and the record of pharmaceutical guidance was verified. In a second phase, it was verified whether these patients obtained the medication from the public health system. Finally, it was assessed whether these patients returned to the institution with any complaints related to the medication.

RESULT: Fifty medical records with a prescription for enoxaparin at discharge were analyzed. In 52% of the medical records, it was noted that patients received pharmaceutical guidance. Of the total of 50 patients, 76% obtained the medication at the primary health care unit. Only 6% returned due to an adverse reaction, not knowing how to use the medication, or developing venous thromboembolism (VTE).

CONCLUSION: Patients who received pharmaceutical guidance at hospital discharge did not report VTE or doubts about the treatment, highlighting the importance of discharge guidance provided by the clinical pharmacist for patients requiring extended thromboprophylaxis, actively contributing to patient safety and treatment effectiveness.

DESCRIPTORS: Discharge. Pharmaceutical guidance. Prophylaxis. Venous thromboembolism. Enoxaparin.