Características epidemiológicas dos casos notificados de esquistossomose na região administrativa de Sorocaba
Palavras-chave:
esquistossomose, Região administrativa de Sorocaba, EpidemiologiaResumo
OBJETIVO: Analisar as características epidemiológicas referente aos casos notificados de esquistossomose na região administrativa de Sorocaba entre os anos de 2010 a 2022. MÉTODOS: Para análise dos dados, foi realizado levantamento de dados por meio dos sistemas do Ministério da Saúde brasileiro, Tabnet/DATASUS, para busca de casos notificados no período de estudo cruzando informações de “município de notificação” com “autóctone” e de “gênero”, “faixa etária acometida”, “raça”, “escolaridade”, “estado gestacional” e “evolução da doença”. RESULTADOS: Foram notificados 317 casos de esquistossomose na região administrativa de Sorocaba entre 2010 a 2022 em 25 municípios (32,46%). A cidade com maior número de casos foi Sorocaba (35,33%), seguida de Itu (13,56%), Tietê (10,73%) e Tatuí (7,89%). Nesse período, apenas 4 casos (1,39%) foram considerados autóctones, tendo sido notificados em Botucatu, Itapetininga, Itu e Sorocaba. No entanto, outros 18 (5,68%) casos foram considerados indeterminados pelas cidades de Ibiúna, Itu, Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba, Tatuí e Votorantim. De forma geral, a esquistossomose acomete principalmente homens (50,4%), de 20 a 39 anos (42,5%), de raça branca (42,3%), com ensino médio completo (17,4%), que evoluíram para cura (58,4%). Ainda houve o relato de 12 gestantes entre 1º e 2º trimestre de gestação com diagnóstico de esquistossomose. CONCLUSÕES: A notificação e investigação dos casos são essenciais para que decisões preventivas sejam tomadas pelo poder público municipal e estadual. Observa-se que, apesar do baixo número de casos autóctones, há a existência do parasito e do hospedeiro intermediário na região administrativa de Sorocaba, podendo originar novos casos.
DESCRITORES: Esquistossomose; Região administrativa de Sorocaba; Epidemiologia; Decisões preventivas; Poder público.
Abstract
OBJECTIVE: To analyze the epidemiological characteristics of reported cases of schistosomiasis in the Sorocaba administrative region between 2010 and 2022. METHODS: Data analysis was performed using databases from Brazil’s Ministry of Health systems, Tabnet/DATASUS, to identify reported cases during the study period, cross-referencing "municipality of notification" with "autochthonous" and other variables such as "gender," "age group," "race," "education level," "gestational status," and "disease outcome". RESULTS: A total of 317 cases of schistosomiasis were reported at Sorocaba administrative region between 2010 and 2022, spanning 25 municipalities (32.46%). The city with the highest number of cases was Sorocaba (35.33%), followed by Itu (13.56%), Tietê (10.73%), and Tatuí (7.89%). During this period, only four cases (1.39%) were considered autochthonous, reported in Botucatu, Itapetininga, Itu, and Sorocaba. However, 18 other cases (5.68%) were classified as indeterminate in municipalities such as Ibiúna, Itu, Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba, Tatuí, and Votorantim. Overall, schistosomiasis primarily affected men (50.4%), aged 20–39 years (42.5%), of white ethnicity (42.3%), with a high school education (17.4%), and most cases resulted in recovery (58.4%). Additionally, there were reports of 12 pregnant women diagnosed with schistosomiasis during their first or second trimester. CONCLUSION: Notification and investigation of cases are essential for municipal and state public authorities to implement preventive measures. Despite the low number of autochthonous cases, the presence of the parasite and its intermediate host at Sorocaba administrative region indicates potential for new cases to emerge.
KEYWORDS: Schistosomiasis; Sorocaba administrative region; Epidemiology.