Chlamydia trachomatis molecular screening in women of poor region of São Paulo: challenges and relevance in low-income regions.

C. trachomatis prevalence in poor women

Autores

Palavras-chave:

PCR, Chlamydia trachomatis, Sexually transmitted infections

Resumo

Contexto e Objetivo: Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram-negativa. Sua infecção frequentemente se apresenta de forma assintomática em mulheres, mas pode levar a graves complicações do trato reprodutor se não for tratada. Entre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais frequentes, a clamídia representou cerca de 130 milhões dos 374 milhões de novos casos globais em 2020 e condições socioeconômicas desfavoráveis podem contribuir para essa situação. No entanto, a infecção por C. trachomatis é  pouco investigada em populações nessas condições. Portanto, este estudo visa avalia a frequência de C. trachomatis em mulheres que vivem em áreas empobrecidas da cidade de São Paulo.

Métodos: Amostras foram coletadas de pacientes em uma clínica ginecológica ambulatorial na região sul da cidade de São Paulo. As participantes eram mulheres com idades entre 18 e 78 anos. Amostras de raspagem do colo do útero foram coletadas e examinadas para C. trachomatis através de PCR em Tempo Real. Além disso, informações sociodemográficas foram obtidas através de um questionário, e dados clínicos foram extraídos de prontuários médicos.

Resultados: Das 102 amostras analisadas por PCR em tempo real, 17 foram positivas, indicando uma prevalência de 16,67% (IC 95%) para infecção por clamídia na população estudada. Também houve uma associação significativa entre a frequência de infecção por clamídia e a idade do primeiro relacionamento sexual (χ² = 34,05, p < 0,0001).

Conclusões: Este estudo revela uma alta frequência de infecção por clamídia entre as mulheres atendidas em uma clínica ambulatorial. Nossos achados destacam a importância de triagens regulares para possibilitar tratamento precoce e prevenir futuras complicações reprodutivas.

Abstract


Objective: Chlamydia trachomatis is a gram-negative bacterium. Its infection often presents asymptomatically in women but can lead to severe reproductive complications if left untreated. Among the most frequent sexually transmitted infections (STIs), Chlamydia
accounts for around 130 million out of the 374 million new cases globally in 2020 and poor socioeconomic conditions may contribute to this situation, yet C. trachomatis infection is often under-investigated in population in these conditions. Therefore this study evaluates the frequency of C. trachomatis in women living in impoverished areas of São Paulo city.

Methods: Samples were collected from patients at a gynecological outpatient clinic in the far southern region of São Paulo city. The participants were women aged 18 to 78 years. Cervical scraping samples were collected and screened for C. trachomatis using PCR. Additionally,
sociodemographic information was gathered through a questionnaire, and clinical data were retrieved from medical records.

Results: Out of 102 samples analyzed through Real-Time PCR, 17 were positive, indicating a prevalence of 16.67% (95% CI) for chlamydial infection in the studied population. There was also a significant association between the frequency of chlamydial infection and the age of the first sexual intercourse (χ² = 34.05, p < 0.0001).

Conclusions: This study reveals a high frequency of chlamydial infection among women attending an outpatient clinic. Our findings emphasize the importance of regular screening to enable early treatment and prevent further reproductive complications.

Descriptors: Chlamydia trachomatis, Sexually transmitted infections, PCR.

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Publicado

2024-12-02

Como Citar

1.
Moraes Felix E, Martinez Moura Tavares G, de Melo Alverga HA, Paruci P, Monteiro Pinheiro G, Nakandakari MT, Minoru Fujita D, Shio MT, Nali LH. Chlamydia trachomatis molecular screening in women of poor region of São Paulo: challenges and relevance in low-income regions.: C. trachomatis prevalence in poor women. Braz. Jour. Global Health [Internet]. 2º de dezembro de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];4(14):26-9. Disponível em: //periodicos.unisa.br/index.php/saudeglobal/article/view/601