Os desafios no diagnóstico de Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade em meninas na infância e na adolescência: revisão de literatura

Resumo

OBJETIVO: Entender o Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em meninas para melhorar seu bem-star e qualidade de vida. MÉTODOS: Revisão narrativa de artigos científicos de 2014 a 2023, disponíveis nas bases de dados PubMed, Scopus, Google Acadêmico e SciELO com os principais descritores “TDAH”, "Distúrbio de Hiperatividade", "TDAH em Crianças e Adolescentes", "TDAH em Mulheres" e “Diagnósticos e Tratamentos para TDAH”. RESULTADOS: O TDAH é caracterizado por dificuldade persistente de atenção e controle motor de impulsividade. O diagnóstico clínico é desafiador devido à sua heterogeneidade. Há uma diminuição na atividade dopaminérgica e alterações no sistema noradrenérgico, afetando controle executivo e atenção. O diagnóstico deve ser feito por profissionais de saúde, com uma equipe multidisciplinar, e é baseado em 18 sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. O TDAH é mais diagnosticado em meninos, mas meninas frequentemente apresentam sintomas de forma mais sutil, dificultando o diagnóstico. Elas tendem a ser menos disruptivas e mais internalizadas, levando a diagnósticos incorretos como ansiedade ou depressão. A identificação precoce e o suporte adequado são essenciais para ajudar meninas com TDAH a superar os desafios e alcançar seu potencial. CONCLUSÕES: O diagnóstico do TDAH em meninas é dificultado por conta do predomínio do subtipo desatento e sintomas menos evidentes, levando a sub-diagnósticos. A falta de pesquisas específicas agrava essa dificuldade. É crucial investir em capacitação profissional, aprimorar protocolos de diagnóstico e realizar mais estudos para garantir um tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida das meninas afetadas.

DESCRITORES: TDAH, Distúrbio de hiperatividade, Crianças, Adolescentes, Mulheres, Diagnóstico, Tratamento.

Abstract

OBJECTIVE: To understand Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in girls to improve their well-being and life quality. METHODS: Narrative review of scientific articles from 2014 to 2023 available on PubMed, Scopus, Google Scholar and SciELO databases with the main descriptors being “ADHD”, "Hyperactivity Disorder", "ADHD in Children and Adolescents", " ADHD in Women” and “Diagnoses and Treatments for ADHD”. RESULTS: ADHD is characterized by persistent difficulty in paying attention and motor control of impulsivity. Clinical diagnosis is challenging due to its heterogeneity. There is a decrease in dopaminergic activity and variations in the noradrenergic system, affecting executive control and attention. The diagnosis must be done by healthcare professionals, along with a multidisciplinary team, and it is based on 18 symptoms of inattention, hyperactivity and impulsivity. ADHD is more commonly diagnosed in boys, but girls often present with more subtle symptoms, making diagnosis difficult. They tend to be less disruptive and more internalized, leading to incorrect diagnoses such as anxiety or depression. Early identification and appropriate support are essential to help girls with ADHD overcome challenges and reach their potential. CONCLUSION: The diagnosis of ADHD in girls is challenged by the predominance of the inattentive subtype and less evident symptoms, leading to under-diagnosis. The lack of specific research exacerbates this difficulty. It is crucial to invest in professional training, improve diagnostic protocols and carry out more studies to ensure adequate treatment in order to improve the life quality of affected girls.

KEYWORDS: Hyperactivity disorder, Children, Adolescents, Women, Diagnoses, Treatment.