Relação entre o uso de drogas lícitas e ilícitas na gestação com prematuridade.

Resumo

OBJETIVO: Correlacionar o uso de drogas lícitas e ilícitas durante a gestação com a prematuridade.

MÉTODOS: Foi realizado estudo epidemiológico por meio da análise descritiva de prontuários médicos de puérperas, cedidos pelas Unidades Básicas de Saúde da região da Zona Sul da cidade de São Paulo/SP, Brasil especificamente no bairro Grajaú.

RESULTADOS: Foram analisados 65 prontuários entre os anos 2020 e 2023, em que 69,2% das mulheres apresentaram gestação classificada como de alto risco. Além disso, 15,38% dos lactentes analisados nasceram prematuros, sendo que 80% já tinham como classificação de gestação alto risco desde o pré-natal. Ademais, 18,75% das mulheres que utilizaram drogas lícitas durante a gravidez tiveram partos prematuros e 6,25% tiveram partos pós-termos. CONCLUSÃO: Comparando os dados coletados na pesquisa com os do CEInfo da SMS-SP, observou-se que apesar dos muitos casos de prematuridade notificados nos prontuários, a relação entre a prematuridade e o uso de drogas durante a gravidez foi insuficiente para justificar o alto índice dessa prematuridade, isso porque essa informação não é facilmente informada pelas gestantes. Excluindo o uso de drogas como principal fator causador da prematuridade, percebeu-se a possível relação de outros fatores, como idade materna inferior a 20 anos e superior a 35 anos, e a realização do número de pré-natais menor que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

DESCRITORES:  Gravidez, Abuso de drogas, Nascimento prematuro.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To correlate the use of licit and illicit drugs during pregnancy with prematurity.

METHODS: An epidemiological study was carried out through a descriptive analysis of medical records of puerperal women, provided by the Basic Health Units of the South Zone region of the city of São Paulo/SP, Brazil, specifically in the Grajaú neighborhood.

RESULTS: 65 medical records were analyzed between 2020 and 2023, in which 69.2% of the women had pregnancies classified as high risk. In addition, 15.38% of the infants analyzed were born prematurely, 80% of whom had already had their pregnancy classified as high risk since prenatal care. In addition, 18.75% of the women who used legal drugs during pregnancy had premature births and 6.25% had post-term births.

CONCLUSION: Comparing the data collected in the study with that from the SMS-SP CEInfo, we found that despite the many cases of prematurity reported in the medical records, the relationship between prematurity and drug use during pregnancy was insufficient to justify the high rate of prematurity, because this information is not easily provided by pregnant women. Excluding drug use as the main factor causing prematurity, there was a possible relationship between other factors, such as maternal age below 20 and above 35, and fewer prenatal care sessions than recommended by the World Health Organization.

DESCRIPTORS: Pregnancy, Drug abuse, Birth.