ACESSIBILIDADE DIGITAL E SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA PCDS DOS MEMBROS SUPERIORES

Resumo

As pessoas com deficiência (PcDs) dos membros superiores enfrentam desafios significativos no acesso a diversas oportunidades sociais, educacionais e profissionais. No Brasil, cerca de 25% da população tem algum tipo de deficiência, e muitas delas são motoras, limitando a capacidade de uso de dispositivos eletrônicos e a interação com a tecnologia (IBGE, 2010). Essas limitações não apenas impactam a qualidade de vida dos indivíduos afetados, mas também contribuem para a exclusão social, conforme discutido por Bersch (2009). Em um cenário em que a tecnologia pode facilitar a inclusão, é crucial explorar intervenções que promovam a acessibilidade digital, especialmente para aqueles que não podem usar as mãos de maneira convencional. Nesse sentido, as tecnologias assistivas (TAs) emergem como soluções promissoras para mitigar essas barreiras. A implementação de ferramentas adaptativas pode efetivamente possibilitar a inclusão de PcDs dos membros superiores em ambientes digitais, proporcionando acesso a informações e serviços essenciais, como evidenciado no trabalho de Bird et al. (2020). A introdução de dispositivos que se adaptem às limitações físicas dessas pessoas é um passo vital para garantir que possam participar plenamente da sociedade, especialmente em áreas como educação e mercado de trabalho. A necessidade de desenvolver soluções que abarquem o uso de computação e ferramentas interativas específicas para PcDs com deficiência motora nos membros superiores se torna um ponto central da pesquisa em tecnologias assistivas. A proposta deste trabalho é desenvolver três soluções tecnológicas que visem aumentar a acessibilidade digital para PcDs com deficiências nos membros superiores: um mouse adaptado de baixo custo, um editor de texto personalizado e uma Interface Homem-Máquina (IHM) baseada em eletromiografia (EMG). O uso de sinais eletromiográficos no controle de interfaces apresenta um progresso significativo, conforme discutido por Samuel et al. (2019), permitindo que usuários afetados circundem suas limitações. A eficácia dessas ferramentas será avaliada por meio de testes de usabilidade realizados com PcDs, medindo sua eficácia e eficiência na promoção da inclusão digital. A escolha de abordar soluções tecnológicas para PcDs dos membros.