O HISTÓRICO E O DESENVOLVIMENTO DAS DIFERENTES TÉCNICAS DAS GASTROSTOMIAS

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Paula Queiroz UNISA
  • Bruna Marchetti UNISA
  • Paulo César Rozental Universidade Santo Amaro

Palavras-chave:

Gastrostomia; Nutrição enteral; PEG; Técnicas cirúrgicas

Resumo

INTRODUÇÃO: A gastrostomia é um procedimento que cria uma comunicação entre o estômago e a parede abdominal para alimentação e hidratação de pacientes com dificuldade de deglutição, sendo simples, durável e socialmente bem tolerado. Pode ser realizada por laparotomia, endoscopia, radiologia ou laparoscopia, com destaque para a gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) e a gastrostomia radiológica percutânea (PRG) como métodos preferidos pela rapidez e segurança. Historicamente, evoluiu de técnicas iniciais no século XIX, como a de Stamm e Witzel, até métodos minimamente invasivos.As indicações incluem doenças neurodegenerativas, traumas faciais, obstruções gastrointestinais e estados hipercatabólicos, além de usos menos comuns como descompressão gástrica e administração de medicamentos. A PEG é mais utilizada, mas a gastrostomia de Stamm ainda é escolhida em casos que exigem maior fixação e segurança do estômago à parede abdominal. Apesar de possíveis complicações, a mortalidade é baixa quando há preparo adequado e técnica precisa.OBJETIVOS: Analisar a evolução histórica e o desenvolvimento das diferentes técnicas de gastrostomia, destacando as principais inovações, desafios superados e impacto na prática clínica atual.METODOLOGIA:Realizou-se revisão integrativa da literatura sobre técnicas de gastrostomia, com busca nas bases MEDLINE/PubMed e SciELO, incluindo estudos completos em português, inglês e espanhol publicados entre 1994 e 2024. Foram analisados artigos selecionados conforme critérios de inclusão e exclusão, e os achados sintetizados quanto a aspectos históricos, atuais e implicações clínicas.DISCUSSÃO:A gastrostomia percutânea, incluindo PEG e PRG, parece ser, atualmente, a opção mais segura e eficaz para nutrição enteral em distúrbios de deglutição, sem consenso sobre atécnica superior. A PEG, menos invasiva e de menor custo, permite início precoceda alimentação e é indicada para pacientes com trato gastrointestinal funcional. A gastrostomia cirúrgica mantém relevância em casos específicos, mas com maior morbidade e custo final. Técnicas híbridas e videoassistidas oferecem segurança e boa tolerabilidade, podendo ocorrer complicações menores. A escolha deve considerar condição clínica, treinamento da equipe médica, recursos e necessidades nutricionais. CONCLUSÃO:A gastrostomia assegura nutrição enteral em pacientes com disfagia, atualmente, sendo a PEG a opção mais segura, rápida e eficaz, com poucas complicações e início precoce da alimentação.



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Publicado

2025-11-06